Michelan pode parar por tempo indeterminado

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12 de abril de 2014

01Depois de parar por duas horas em 10 de abril, os trabalhadores da Michelan podem entrar em greve por tempo indeterminado, se a empresa insistir em promover votação interna que atropela decisão dos trabalhadores em assembleia. O anúncio foi feito pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Borracha e Afins (Stiaberj), André Luiz Rocha, no final da tarde da última quinta-feira, após a paralisação que contou com apoio em massa dos trabalhadores.

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André Rocha considerou a mobilização muito bem sucedida. “Os trabalhadores estão juntos com a gente. Conseguimos conscientizá-los da ilegalidade que está acontecendo dentro da fábrica e, se a Michelan não rever sua posição, não procurar o Sindicato para negociar nem apresentar propostas concretas de melhorias para os trabalhadores, mais de 2 mil empregados vão cruzar os braços por tempo indeterminado”, afirmou o presidente do Stiaberj.

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Com apoio da Confederação e Federação nos Trabalhadores no Ramo Químico do RJ e Força RJ, a paralisação na fábrica da Michelan, em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, começou às 14h desta quinta. Segundo André Luiz Rocha, a mobilização foi em protesto pela decisão da empresa de convocar votação interna, que começou também às 14h do dia 10, sem a presença do Sindicato, de forma a tentar homologar a proposta patronal para o abono de revezamento ininterrupto, que já foi rechaçada pela classe trabalhadora em assembleia, no final do ano passado. Os trabalhadores pedem R$ 8.500 de indenização e a empresa, que oferece desde o início R$ 4 mil, não abriu negociação desde então.

O presidente do Stiaberj informou que ao invés de negociar com o Sindicato dos Trabalhadores, a Michelan preferiu entrar na Justiça. O processo ainda corre na Justiça do Trabalho. “Enquanto se nega a negociar com a entidade representativa dos trabalhadores, a empresa não avança nas condições de trabalho, no prêmio por produtividade, no abono de revezamento e em nenhum outro ponto da Pauta de Reivindicações. Se o quadro não mudar, a Michelan vai parar”, ressaltou André Luiz Rocha.

Fonte: Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

 

 

 

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