Metalúrgicos de Duque de Caxias fecham mais dois acordos coletivos

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13 de dezembro de 2013

Metalúrgicos de Duque de Caxias fecham mais dois acordos coletivos

Numa campanha salarial difícil, onde foi preciso muita determinação e firmeza para arrancar aumento real para o trabalhador, os metalúrgicos de Duque de Caxias, São João de Meriti e Nilópolis conquistaram 8% de reajuste retroativo a 1º de outubro. O piso salarial passou para R$ 873,40 e o piso profissional subiu para R$ 1.199,00. A PLR, de R$ 1.100,00, será paga em duas parcelas, em março e setembro de 2014. Os trabalhadores demitidos receberão na rescisão de contrato o valor da PLR. Quem tem mais de 60 empregados tem que garantir vale refeição de R$ 15,00 diários para o metalúrgico em serviço externo. Também o café da manhã fica garantido para quem estiver trabalhando fora da empresa, com tíquete no valor de R$ 5,00.

As trabalhadoras que tiverem filhos receberão a cesta natalidade, gratuita, e composta por um kit para o bebê, com produtos de higiene, e um kit para a mamãe, com produtos alimentícios.

Continuam garantidos os adicionais de insalubridade (calculado sobre o piso salarial) e o de periculosidade (30%). No caso de automação dos meios de produção, com a implantação de novas técnicas ou maquinários, as empresas procurarão desenvolver e promover treinamento durante o período necessário, se possível dentro da jornada normal de trabalho, a fim de que os metalúrgicos adquiram melhor qualificação em seus novos métodos de trabalho.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Duque de Caxias, Carlos Alberto Pascoal Fidalgo, a entidade tem por princípio jamais fechar Convenção Coletiva com índices de reajuste abaixo dos percentuais acumulados de inflação. “Não adianta inventar crise que não existe. O poder de compra e a dignidade do metalúrgico de nossa base territorial têm que ser respeitados”, afirmou Carlos Alberto Fidalgo, vice-presidente da Força Rio.

Piso nas oficinas ligadas ao Sindirepa sobe 8,5 %

Outra parte da categoria que pode garantir aumento real depois de encerrada a campanha salarial em 2013 foi a que trabalha nas indústrias de reparação de veículos e acessórios, bem como nas instaladoras de GNV. O piso salarial do ajudante, retroativo a 1º de outubro, foi para R$ 827,85, o que corresponde a 8,5% de aumento. “Em março de 2014, vamos voltar a nos reunir com os patrões, para discutir a criação de um piso profissional”, anunciou Carlos Alberto Fidalgo.

O aumento geral dos salários ficou em 7,5 %. Outra cláusula que deve ser observada pelo trabalhador é que nos casos de demissão por parte do empregador onde o companheiro tiver mais de 45 anos de idade e trabalhar na empresa há mais de 10 anos, além de todas as verbas rescisórias garantidas pelas leis trabalhistas, será paga uma indenização adicional, correspondente ao salário nominal do mês da demissão. Já o adicional de insalubridade será calculado sobre o piso de R$ 827,85, num percentual de 20% ou 40%, independentemente do porte da empresa. O auxílio creche será de R$ 140,00 e o benefício deve ser pago durante pelo menos 8 meses.

“Outro ponto importante é a luta pela implantação da PLR. As metas e mecanismos para a efetivação da Participação nos Lucros ou Resultados nas empresas representadas pelo Sindirepa têm que começar a ser discutidos até março de 2014 e os seis trabalhadores que formarem a Comissão de Negociação não poderão ser demitidos no período de vigência do acordo. As negociações sobre os valores a serem pagos a título de PLR não podem ultrapassar 90 dias”, informou Fidalgo.

Fonte: Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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