Imbel demite quatro sindicalistas e provoca indignação

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28 de fevereiro de 2016

Imbel anti sindical

Os trabalhadores da Imbel Marcos Sávio Venâncio, Paulo Henrique Gonçalves, Vanderson Silva Domingues e Jeferson Pinto Ferreira foram demitidos recentemente por justa causa, numa postura arbitrária e unilateral da fábrica da Imbel em Piquete (SP). Todos são diretores no Sindicato dos Químicos de Lorena (SP). Segundo o advogado da Fequimfar/SP (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo) e assessor jurídico na CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico), César Augusto de Mello, a Imbel alega que os funcionários foram demitidos por prática sindical.

“Ou seja, eles perderam o emprego porque denunciavam via sindicato as arbitrariedades cometidas no interior daquela empresa. Também participavam das mobilizações durante campanha salarial. Caso fossem cordeirinhos, abaixando a cabeça para a truculência da Imbel, em tese, teriam permanecido no trabalho”, disse.

O presidente da CNTQ e do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Silvan Oliveira, informou que, através de nota de repúdio, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, será comunicado sobre a atitude truculenta da administração da fábrica da Imbel em Piquete (SP), a respeito da demissão dos quatro dirigentes sindicais. “Vivemos numa democracia, onde não existe espaço para este tipo de postura, típicas de regimes ditatoriais”, explicou.

A Ferquimfar/RJ (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado do Rio de Janeiro) e seus Sindicatos filiados igualmente repudiaram as demissões arbitrárias da Imbel e manifestaram toda sua indignação pela prática antidemocrática e antisindical em nota enviada também ao ministro Aldo Rabelo. “Reafirmamos nosso repúdio à arbitrariedade cometida pela empresa e a Federação já entrou em contato com o Ministério da Defesa, órgão responsável pela Imbel, para denunciar o injusto ato de arbitrariedade cometido contra os trabalhadores e a liberdade sindical. Na expectativa de que possa ocorrer a reversão do processo demissionário, a Ferquimfar/SP e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Lorena, Piquete e Região já estão tomando as devidas providências de ordem legal, politica e social”, afirmou Isaac Wallace, presidente da Federação no Rio de Janeiro.

O presidente da Força RJ, Carlos Fidalgo, disse que a central no Rio de Janeiro também repudia ações como essa, que rasgam o direito à representação sindical e afrontam a democracia, e garantiu total apoio à Ferquimfar para o que for necessário.

Segundo a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá (MG), Renata França, na unidade da Imbel daquela cidade são punidos trabalhadores sindicalizados e sindicalistas. “Um companheiro foi à reunião de negociação em Brasília e levou 10 dias de suspensão. A empresa não respeita decisão de assembleia. Cortaram o café da manhã, retiraram o seguro de vida e vários benefícios que eram direitos adquiridos. A Imbel quer impor um regime militar para os trabalhadores”, disse.

O Dr. Cesar Augusto de Mello vai entrar com ação no Ministério Público do Trabalho, para readmissão dos quatro funcionários demitidos da Imbel em Piquete/SP, além de exigir indenização por dano moral. “Fizeram uma sindicância e justificaram que eles não tinham estabilidade. Mas isso após vários anos de empresa? Algo está errado nesta história e cobraremos tudo isso na Justiça do Trabalho, por causa desta atitude arbitrária”, finalizou. 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa. Fonte: Ferquimfar RJ.

                                         Foto: Ferquimfar RJ.

 


Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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