Filas para retirar carteiras de trabalho e seguro desemprego no RJ

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18 de julho de 2014

Sem Título-1Não é só para dar entrada no seguro desemprego que trabalhadores estão tendo que enfrentar filas que varam a madrugada, em busca de atendimento, no Rio de Janeiro. O presidente da Força RJ, Francisco Dal Prá, denuncia que também para obter a carteira de trabalho o problema se repete. Com a informatização do sistema e a necessidade de agendamento prévio para os serviços, os trabalhadores estão tendo dificuldades tanto para ter acesso ao seguro desemprego como também à carteira de trabalho.

“O que estamos vendo é que empresas querem contratar mão de obra, mas não podem se o trabalhador já não tiver a carteira. Para emissão de novos documentos, a espera tem sido, em média, de 15 dias, já que o agendamento pela internet tem provocado fila de espera, que só faz crescer. Isso quando se consegue agendar. O mesmo vem acontecendo para ter acesso ao seguro desemprego, onde trabalhadores tem perdido o direito, porque 50 senhas diárias por postos de atendimento não estão dando conta da procura. Passados 120 dias, o trabalhador que perdeu o emprego perde, também, o direito ao benefício”, afirmou Dal Prá.

O presidente da Força Rio continua, alertando que se um trabalhador espera dois meses para conseguir dar entrada num benefício como o seguro desemprego, quando finalmente consegue receber a primeira parcela do seguro, sua família já enfrentou a fome e suas dívidas cresceram. “E se ele não consegue dar a entrada no benefício? Vai procurar a Justiça do Trabalho, já que o seguro desemprego é um direito do trabalhador. Esse gargalo no atendimento provocará, também, congestionamento nas Varas da Justiça do Trabalho”, enfatizou.

Francisco Dal Prá esteve com o ministro do Trabalho e Emprego no início de julho, na inauguração de nova agência do MTE em Bangu, zona oeste do Rio, e pode denunciar diretamente a Manoel Dias os problemas enfrentados pelos trabalhadores no Rio de Janeiro. “Ele me disse que o Ministério está adotando um sistema moderno e que os problemas já haviam sido detectados nesse período de adaptação e seriam solucionados. Mas o que vemos é que nada mudou, até hoje. Sem acesso ao agendamento pela internet, que muitas vezes não funciona (e olha que nem todo o trabalhador assalariado tem acesso fácil à internet), tanto para tirar carteira quanto para buscar o seguro desemprego, tem muita gente tendo que dormir na fila, ao relento, em pleno inverno, sem garantia de que vai conseguir ser atendido quando o dia amanhecer. Isso é inconcebível!”, ressaltou Francisco Dal Prá.

Para o dirigente sindical, o Ministério do Trabalho e Emprego deveria, primeiramente, preparar o sistema e, feitos todos os testes, mudar a forma de atendimento, “mas não transformar milhares de cidadãos em busca de emprego ou de assistência em cobaias, expostos a falhas”. E foi mais longe: “O que o contribuinte, o trabalhador, recebe quando mais precisa de amparo? Constrangimento, humilhação e indiferença. Não podemos admitir tanto desrespeito”, arrematou Francisco Dal Prá.

Veja matéria exibida em 17/07 pelo RJ-TV (Rede Globo) sobre a crise no atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego no RJ:

http://globotv.globo.com/rede-globo/rjtv-1a-edicao/v/cidadaos-sofrem-para-dar-entrada-no-seguro-desemprego/3500896/ 

Fonte: Rose Maria da Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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