Todos à manifestação contra o leilão da Cedae

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25 de outubro de 2017

Cedae privatizada

O presidente da Força Sindical RJ, Carlos Fidalgo, convoca Sindicatos e Federações filiadas a participarem de Ato em Defesa da Cedae e contra o Leilão, que acontece dia 27 de outubro, às 14h, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Fidalgo ressalta que é fundamental promovermos ações em defesa das empresas estatais.

“Estamos na luta pela Cedae pública e com serviços de qualidade”, afirmou Carlos Fidalgo.

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) reconheceu válido o edital para o pregão do empréstimo de R$ 2,9 bilhões, que terá como garantia as ações da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae). Em sessão plenária na tarde desta terça-feira (24), a relatora Andrea Siqueira Martins deu aval para o leilão de sexta-feira e foi seguida pelos demais integrantes. A presidente do TCE-RJ, Marianna Montebello Willeman, recomendou a instauração de auditoria extraordinária para acompanhar todo o procedimento do empréstimo, que começaria já no dia 27 de outubro. Os demais conselheiros aceitaram o pedido.

Para o coordenador da Frente Sindical Trabalhista (FST) e vice-presidente da Força RJ, Marcelo Peres, os cidadãos do Rio de Janeiro estão sofrendo uma covarde agressão por parte dos privatistas, que estão querendo levar a Cedae “no grito, na marra”. “A Cedae é lucrativa, não dá prejuízo ao estado. Pelo contrário: como acionista majoritário, o estado tem recebido dividendos. Até dezembro de 2017, vai receber quase R$ 100 milhões. É a Cedae que vem ajudando o Rio de Janeiro em crise a pagar as contas”, completou.

Marcelo Peres lembrou que a Procuradoria Geral do Estado e a Procuradoria Geral do Município do Rio deram parecer contrário à privatização, bem como uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, que também tem parecer contrário. “Temos o parecer da Advocacia Geral da União, dando imunidade a Cedae. Temos parecer da OAB, confirmando a inconstitucionalidade dessa armação. Cem por cento das comunidades do Rio são contra. Estamos vivendo um período de maior escassez de chuva, gerando falta d’água, ou seja, colocando em risco nossa sobrevivência e de nossas famílias. Água não pode virar mercadoria. Não vão levar a Cedae no grito!”, garantiu Marcelo Peres.

O dirigente sindical disse, ainda, que está em pleno andamento a maior obra de saneamento do Brasil, na Baixada Fluminense, através de empréstimo contratado pela Cedae junto a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 3,5 bilhões. “A garantia desse investimento foi a arrecadação da empresa estatal. Se a Cedae for privatizada, quem vai pagar essa dívida: os privatistas ou a população do Rio?”, perguntou Marcelo Peres.

Para ele, é preciso promover na próxima-sexta-feira (27) a maior paralisação da história do Rio de Janeiro, em favor da população.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Foto: Arquivo Força RJ 

 

 

  • Alexsandro Diniz
  • Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ
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