Requalificação contra demissões

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6 de março de 2015

Bandeira FederaçãoEm função da crise na Petrobras, a Federação dos Metalúrgicos do RJ vem acompanhando de perto o avanço das demissões em todo o estado. Em levantamento divulgado esta semana e realizado junto aos sindicatos filiados, foram totalizadas 2.243 demissões, entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015. Os dados foram enviados à Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Uma das medidas adotadas para reverter o quadro, segundo o diretor Jorge dos Santos Faria, responsável pelo levantamento, é investir em qualificação e requalificação profissional. Com apoio da CNTM, a Federação vai promover cursos de formação para os metalúrgicos ainda no 1º semestre.

“As demissões continuam ocorrendo. Acabamos de saber que o Estaleiro do Caju está demitindo 300 trabalhadores. Na verdade, o quadro muda o tempo todo, porque a todo o momento chegam mais notícias de desemprego. Se qualificar e requalificar para ter outra alternativa no mercado de trabalho pode ser uma saída. E estar próximo de seus órgãos de classe, como o Sindicato, para garantir seus direitos e lutar por seu posto de trabalho também é muito importante”, opinou Jorge Faria, o Jorginho.

Segundo os dados apresentados pela Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, o Sindicato dos Metalúrgicos de Macaé estima em 803 o total de demissões entre setembro e fevereiro. Em São Gonçalo, a conta chega a 700 trabalhadores. Em Campos, 600 funcionários, mas as demissões continuam a ocorrer. Em Angra dos Reis, nos últimos 3 meses, a soma é de aproximadamente 140 metalúrgicos demitidos.

Analisando o quadro estadual, a pesquisa da Federação indica que, em Niterói, as empresas mais afetadas são os estaleiros Mauá, Eisa Petro-Um, Brasa, UTC e Enaval, que demitiram, em média, 600 pessoas em 2014 de um total de 12 mil trabalhadores.

Já no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a média chega a quase 500 funcionários demitidos só no ano passado, entre novembro e dezembro. “Com certeza, esse número aumentou se levarmos em consideração janeiro e fevereiro”, ressaltou Jorginho.

O diretor tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos de São Gonçalo, Marco Antônio Lagos de Vasconcellos, o Marquinho da Força, vice-presidente da Força RJ, é testemunha de que as demissões em massa não param. “Só a Techlabor Engenharia tinha 250 funcionários e só ficou com 43. Eles perderam três contratos com a Petrobras. Toda a semana uma empresa procura o Sindicato para informar que vai ter que demitir. Nas semanas de pico, registramos de 120 a 150 demissões”, afirmou Marquinho da Força.

O dirigente disse que o Sindicato está muito preocupado com a situação, até porque a data base da categoria é março. “Vamos brigar por aumento real, mas a garantia de emprego também está na Pauta de Reivindicações, sem dúvida”, salientou Marquinho.

Fonte: Rose Maria da Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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