Frentistas iniciam cruzada contra a lei que libera bombas de autosseviço no país

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28 de março de 2015

michel temer self

Além de sofrerem com o aumento da violência, da exploração da mão de obra e com os baixos salários, os trabalhadores dos postos de combustíveis correm o risco de perder seus empregos, caso o Congresso aprove o projeto 407/2014, que revoga a Lei que proíbe a instalação de bombas de autosserviço. Para afastar o fantasma do desemprego, representantes da categoria fizeram uma romaria pelos gabinetes de políticos, em Brasília. Eles pediram apoio para o arquivamento do projeto, que ameaça o emprego de mais de 500 mil trabalhadores.

O projeto de autoria do senador Blairo Maggi ( PR/ MT) prevê o funcionamento de bombas de autosserviço operadas pelo próprio cliente do posto de combustível. Na proposta, o parlamentar pede ainda a revogação da Lei Nº 9.956, de janeiro de 2000, que proíbe posto self service no país.

Para impedir que atual lei seja alterada no Congresso Nacional, os presidentes da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), Francisco Soares, do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto e da Federação dos Frentistas de São Paulo (FEPOSPETRO), Luiz Arraes, participaram de reuniões decisivas para categoria.

Aldo self

O primeiro encontro foi com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, autor da Lei que proíbe bombas de autosserviço no país. Na época da sanção da lei, o ministro era deputado e lutou para manter o emprego dos trabalhadores.

Ao se reunirem agora em março com o autor da lei, Senador Blairo Maggi, os sindicalistas colocaram a posição dos trabalhadores e o risco que a proposta apresenta para categoria. O parlamentar, que é considerado um dos homens mais ricos do Brasil, disse que o que puder fazer pelos trabalhadores fará. O líder do PR no Senado é empresário do setor agrícola.

O senador Wellington Fagundes (PR- MT) também recebeu os representantes dos frentistas em seu gabinete. Eles pediram a intercessão do parlamentar para evitar demissões em massa no setor de revenda de combustíveis.

Aumento

Segundo o presidente da FENEPOSPETRO, Francisco Soares, se essa lei contra a automatização dos postos for alterada, o preço do combustível deverá subir ainda mais. “Qualquer modificação vai prejudicar os trabalhadores, as empresas e a população em geral”, disse.

Riscos

Para o presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, a automação dos postos não trará nenhum ganho em tecnologia e ainda oferecerá riscos à saúde das pessoas no manuseio das bombas de combustível. Ele considera absurda a ameaça de projetos de leis que visam fechar postos de trabalho e destacou, ainda, que a medida vai aumentar os riscos de acidentes e explosões nos postos.

Direitos dos Trabalhadores

Os representantes dos frentistas também se reuniram com o vice-presidente da República, Michel Temer. Eles solicitaram o apoio do governo para derrubar o projeto de lei que permite bombas de autosserviço no país. Os sindicalistas aproveitaram para pedir ao vice-presidente a derrubada das Medidas Provisórias 664 e 665, que trata das mudanças nas pensões por morte, auxílio-doença, acesso ao seguro-desemprego e abono salarial.

Fonte: Por Estefania de Castro, assessoria Sinpospetro-RJ.

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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