Força RJ e Sindicato de Niterói se reúnem com presidente da Cedae para discutir privatização da empresa

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12 de janeiro de 2017

Cedae

O Sindicato de Saneamento de Niterói (Stipdaenit) e outras entidades do setor, com apoio da Força RJ, têm encontro marcado nesta segunda-feira (16) com o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Jorge Luiz Briard. Em pauta, a federalização da empresa estadual, que é considerada pelos sindicalistas e trabalhadores da Cedae uma ponte para a privatização.

A Força Sindical do Rio de Janeiro já solicitou, também, reunião urgente com o governador Luiz Fernando Pezão para debater o assunto e tentará agendar encontro com o presidente Michel Temer.

“A privatização da Cedae vai ser uma tragédia para o Rio de Janeiro, porque o capital não visa o bem estar da população, mas o lucro. Água é saúde preventiva e não moeda de troca ou mercadoria”, afirmou o presidente da Força RJ, Carlos Fidalgo.

O coordenador da Frente Sindical Trabalhista (FST) e secretário de Imprensa e Comunicação da Força RJ, Marcelo Peres, disse que a Cedae já vem desenvolvendo um plano de obras para universalização da água na Baixada Fluminense. “A companhia pegou junto à Caixa Econômica um empréstimo de R$ 3 bilhões e 700 milhões para levar água à Baixada. Isso inclui desde a ampliação da maior estação de tratamento de água do mundo, a ETA Guandu, até instalação do sistema nas residências. Enquanto vários serviços estaduais estão paralisados, a Cedae continua trabalhando. Por que mexer no que está dando certo?”, indagou Marcelo Peres.

O sindicalista informou, ainda, que a estatal solucionou em 100% o problema da falta de água na Zona Sul da cidade do Rio e garantiu por 25 anos o abastecimento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. “A arrecadação da Zona Sul subsidia a distribuição, operação e manutenção do fornecimento de água em 64 municípios do estado, que não têm recursos para manter o sistema funcionando com qualidade”, completou Marcelo.

Para Marcelo Peres, se a água é fundamental para a sobrevivência humana, não pode passar para a iniciativa privada, já que é um bem essencial. “Estamos vendo os exemplos do transporte público, como trem, barcas, metrô, onde os serviços foram privatizados e continuam sendo criticados pela população. Tanto é verdade que a privatização não resolveu o problema, que o novo prefeito do Rio quer municipalizar o metrô, para que possa efetivamente dar conta da demanda”, ressaltou.

Mobilização

Enquanto tentam o diálogo com os governantes para impedir a privatização da Cedae, a Força RJ e sindicatos, como o Stipdaenit, continuam mobilizados, porque o projeto de federalização precisa passar antes na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para ir à frente. Em matéria publicada no jornal O Globo de hoje (12), o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), disse que as contrapartidas propostas pelo governo federal para socorrer o estado – que podem incluir a venda da Cedae e a redução da jornada de trabalho de servidores – só serão votadas na Casa depois que o Palácio Guanabara regularizar o pagamento dos salários do funcionalismo. Hoje, os vencimentos são depositados com atraso de mais de um mês e de forma parcelada.

Segundo o deputado, após o desmantelamento do pacote de austeridade apresentado no ano passado pelo governo estadual, apenas com os salários em dia será possível formar maioria na Casa para a aprovação das contrapartidas. Ele acha que o Palácio Guanabara terá condições de regularizar a folha no mês que vem, depois da suspensão do pagamento da dívida com a União.

O “desmantelamento do pacote de austeridade”, como disse Picciani, aconteceu com a mobilização dos sindicatos, servidores e centrais sindicais, que pressionaram com manifestações e vigílias os parlamentares a votarem contra o pacote de maldades. Portanto, a mobilização dos trabalhadores e do movimento sindical continua.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação Cedae    

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

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