Eleição no SINTSAMA sob judice

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14 de junho de 2015

Sem Título-2

Os trabalhadores da CEDAE e do INEA, representados pela Frente Sindical Trabalhista (FST), que disputaram as eleições para direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e Região (SINTSAMA), não vão desistir do processo eleitoral democrático. A afirmação é do presidente da Chapa MUDA SINTSAMA – OPOSIÇÃO, Marcelo Peres, que informou que os trabalhadores da Companhia Estadual de Águas e Esgoto e Instituto Estadual do Ambiente seguem na Justiça contra as irregularidades praticadas na disputa.

Marcelo Peres, secretário de Imprensa e Comunicação da Força RJ, explicou que a chapa da situação, para se manter no poder, descumpriu duas ordens judiciais. A eleição, ocorrida de 27 a 29 de maio, não atendeu à liminar que obrigava a Comissão Eleitoral a registrar a chapa de oposição e, na sequência, desobedeceu outra liminar, que obrigava o cancelamento do processo, pelo descumprimento da primeira decisão.

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“Estamos brigando na Justiça para garantir o direito de verdadeira representação aos trabalhadores da CEDAE e INEA e resgatar o Sindicato das mãos de politiqueiros a serviço do PC do B e PSB”, desabafou Marcelo Peres, referindo-se à chapa que representou a CTB nas últimas eleições.

A chapa MUDA SINTSAMA – OPOSIÇÃO foi impedida de disputar o processo eleitoral a partir de 27 impugnações, segundo Marcelo Peres, todas infundadas. “Alegaram, entre outras mentiras, que nosso vice-presidente foi demitido dia 5. Como, se ele estava de plantão de 24 horas dias 7 e 11 de maio, saindo às 8h do dia seguinte? Do que eles tinham tanto medo, se precisaram evitar a disputa democrática com calúnias? A demissão aconteceu depois da data indicada pelo representante da Chapa 1, aceita pela Comissão Eleitoral, composta por representantes de dois partidos políticos (PC do B e PSB), e também vem sendo alvo de ação judicial, pois, como acontece a tantos outros trabalhadores que não contam com um Sindicato forte para lhes representar, a demissão foi injusta e estamos recorrendo ao Judiciário para que seja revertida. Assim, isso não o desqualifica como candidato”, argumentou Peres.

Jornal A2 - Liminar.cdrO líder sindical está indignado, ainda, com a exposição de situações particulares que acabaram por humilhar trabalhadores. “A Comissão Eleitoral rejeitou a assinatura de um companheiro que estava com o punho quebrado, alegando que sua assinatura tinha sido falsificada! Ou seja: assistimos, na verdade, a uma grande humilhação de trabalhadores, que estão somente buscando um processo eleitoral democrático”, insistiu.

Marcelo Peres questiona, até, o resultado final da eleição. “Se o total de votos na Chapa 1 foi 1.525 e o total de eleitores era 5.737, como eles podem afirmar que receberam 84,55% de votos da categoria?  Que conta é essa? Na verdade, quase 70% dos eleitores não votaram, provavelmente porque não concordaram com as trapaças ocorridas na eleição”, desabafou.

São várias ações sendo ajuizadas, buscando o cancelamento do processo eleitoral. Como os documentos da eleição não foram fornecidos, num pedido de informações da Chapa 2, mais uma vez os componentes da Chapa 2 MUDA SINTSAMA – OPOSIÇÃO recorreram à Justiça. “Desde quando a atual direção do Sindicato realizou um Congresso esvaziado, num lugar muito distante da Região Metropolitana do Rio, onde a participação em massa dos trabalhadores seria de máxima importância, passamos a desconfiar de que algum golpe estava sendo tramado contra as categorias da CEDAE e do INEA para essas eleições. Tivemos que requerer o novo Estatuto, reformulado no tal congresso, diretamente no cartório, uma vez que a direção se negou a entregar o documento solicitado, ainda em julho do ano passado. Mas nada disso nos desanima. Buscaremos incansavelmente os direitos da categoria”, arrematou Marcelo Peres.

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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