É grande a expectativa nas negociações

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8 de julho de 2011

redimensionar_imagemTerminou sem acordo a 3º rodada de negociação salarial dos trabalhadores dos postos de combustíveis e lojas de conveniência do estado. Os presidentes do SINPOSPETRO-RJEusébio Pinto Neto e SINPOSPETRO-CAMPOS,Valdeci Guimarães, que representam frentistas de 91 municípios do Rio, rejeitaram a proposta apresentada pelo presidente do SINDESTADO (sindicato patronal), Ricardo Lisboa.

Lisboa voltou a afirmar na mesa de negociação que os donos de postos do estado não têm condições de acompanhar a convenção do município do Rio de Janeiro, que concedeu aos frentistas da capital um reajuste de 12%. Ele apresentou como proposta para os trabalhadores dos postos do estado aumento salarial de 6,37%, referente ao IPCA acumulado entre junho de 2010 e maio de 2011.

O aumento foi rejeitado pelos sindicalistas. Eles ficaram indignados e consideraram insuficiente a proposta patronal, que está muito aquém das necessidades da categoria. O presidente do SINPOSPETRO-RJEusébio Neto destacou que a defasagem dos salários dos frentistas ao longo dos anos é maior no estado do que no município do Rio. Ele frisou que é importante para as duas partes, tanto trabalhador quanto patrões, adotar uma política para avançar no sentido de ter uma mão-de-obra mais qualificada. Segundo ele, é preciso dar mais condições de sobrevivência para categoria para evitar a alta rotatividade no mercado de trabalho.”hoje o trabalhador do posto do estado não ganha nenhum benefício e recebe menos de R$ 20,00 por dia, como exigir desse profissional motivação?

Precisamos resgatar a dignidade e o respeito da categoria e isso não se faz oferecendo ao trabalhador um salário de fome”. Os vinte mil trabalhadores de postos de combustíveis reivindicam 36,59% de reajuste salarial e um piso de R$ 758,10. Os frentistas também querem ticket-refeição no valor de R$ 10,00, além de cesta-básica com 30 quilos de alimentos, vale transporte gratuito, Participação nos Lucros e Resultados e convênio médico. Com relação a reivindicação de 36% da categoria, Eusébio deixa claro que o aumento é irrisório se o patrão levar em conta os anos em que a categoria ficou sem receber qualquer aumento acima da inflação. O aumento só seria alto se ganhássemos bem. A nossa categoria está na estaca zero, se pegarmos como referência outros estados do Brasil, completou Eusébio. O presidente do SINPOSPETRO-RJ considerou o aumento oferecido vergonhoso e disse que até as categorias que estão com os salários plenos, alinhados de acordo com a economia, estão recebendo reajustes maiores que índice da inflação. Eusébio completou dizendo que o trabalhador não pode pagar pelos erros do passado. Enquanto as negociações prosseguem, a data-base da categoria, que venceu no dia 1º de junho, continua garantida pela Justiça do Trabalho. A próxima rodada de negociação ficou marcada para o dia 18 de julho, às 10h, na sede da Fecombustível, no Centro do Rio.

Euzébio Pinto
Presidente do Sindicato dos Frentistas do Estado do Rio de Janeiro
3º Vice-Presidente da Força Sindical do Estado do Rio de Janeiro

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