Dia Nacional de Protestos leva multidão às ruas

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10 de novembro de 2017

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Milhares de trabalhadores se mobilizaram durante todo o dia 10 de novembro, Dia Nacional de Lutas, Protestos e Paralisações, atendendo chamado das centrais sindicais, frentes populares e movimentos sociais, contra as reformas. Atos foram promovidos de forma unitária pelas centrais sindicais em várias regiões do Rio de Janeiro, durante todo o dia, como na porta do INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), EBC, Eletrobrás e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, no Centro da capital; Campo Grande, zona oeste do Rio; Botafogo, na zona sul; Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Angra dos Reis, Campos e Volta Redonda, entre outras localidades. As manifestações convergiram para grande ato unificado, da Candelária a Cinelândia, no coração do Rio de Janeiro, a partir das 16h.

Faixa menor

Uma multidão caminhou pacificamente da Candelária à Cinelândia, no fim da tarde de ontem (10), por nenhum direito a menos. Próximo à sede da Caixa Econômica Federal, o presidente da Força Sindical RJ, Carlos Fidalgo, disse que são os trabalhadores que devem fazer as mudanças que o país precisa. “Precisamos chamar uma greve geral para barrar a Reforma da Previdência. Não podemos é aceitar a escravidão de volta. Estão tentando mexer de forma avassaladora nos nossos direitos e a Força Sindical e as demais centrais resistem e resistirão”, afirmou Fidalgo.

Carlos 4.1

O vice-presidente da Força RJ, Eusébio Neto, também presidente da Federação Nacional dos Empregados em Postos de Combustíveis, ressaltou que a força do trabalho é a força maior, que constrói no chão de fábrica a riqueza do país. “Estão vendendo o nosso país em fatias para o grande capital. E nós vamos, através da nossa mobilização e com união, resgatar o nosso país para o nosso povo”, defendeu Eusébio.

O presidente da Federação dos Trabalhadores no Ramo Químico do Rio de Janeiro, Isaac Wallace, secretário geral da Força Sindical RJ, acredita que a luta tem que continuar. “Não podemos parar de lutar pelo pleno emprego e pela dignidade da classe trabalhadora. As empresas estão indo embora do Rio de Janeiro. Basta! Chega de corrupção!”.

Já o presidente da Federação dos Propagandistas e Vendedores de Produtos Farmacêuticos RJ, Alexsandro Diniz, disse que as manifestações que aconteceram durante todo o dia, em vários pontos do estado, não eram das centrais sindicais, mas dos trabalhadores. “Ano que vem elegeremos novos representantes. Que tudo que estamos passando agora nos sirva de lição e possamos eleger parlamentares e gestores realmente comprometidos com a causa da classe trabalhadora”, alertou Diniz.

Bloqueio em estradas 

O Dia Nacional de Lutas, Protestos e Paralisações começou com um carro incendiado na Ponte Rio-Niterói, por volta das 6h, provocando engarrafamento nos acessos da ponte nos dois sentidos, com retenção de veículos por cerca de uma hora no início da manhã. Uma faixa com a inscrição “Podres poderes – Trabalhador Resiste” foi estendida numa das faixas sentido Rio de Janeiro da ponte.

Na Av. Francisco Bicalho, uma das principais vias de acesso ao Centro do Rio, outro carro incendiado provocou retenções, também pela manhã.

Protestos aconteceram também em frente a Refinaria Duque de Caxias, com reflexos na BR-040, altura de Campos Elíseos.

Sandoval

Ato e caminhada pelo calçadão comercial de Nova Iguaçu chamou a atenção para os prejuízos aos trabalhadores embutidos na reforma trabalhista, que rasga mais de 100 artigos da CLT. O mesmo aconteceu no Centro de Campos dos Goytacazes.

No Sul Fluminense, foi feita paralisação na fábrica da Volkswagen. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da região, Silvio Campos, a assembleia buscou alertar os trabalhadores para as “maldades” da reforma trabalhista e para a importância da mobilização contra a Reforma da Previdência.

Resende

“Deixamos de lado nossas divergências e estamos unidos, todas as centrais, demonstrando nossa indignação com as reformas, que estabelecem, de um lado, o negociado sobre o legislado e, de outro, querem enfraquecer a representatividade dos trabalhadores. Não às reformas. Não aceitamos a reforma trabalhista que começa a vigorar neste 11 de novembro como está posta. Não à Reforma da Previdência, já que não há déficit. Nenhum direito a menos! O trabalhador merece respeito e trabalho decente”, concluiu Carlos Fidalgo, presidente da Força Sindical RJ.

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação Força RJ e Sindicatos filiados

 

 

  • Alexsandro Diniz
  • Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ
  • (21) 9 7188-8140

 

 

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