3 de abril de 2014

Após quase três meses de negociações, os trabalhadores da construção civil alcançaram importantes conquistas nesta campanha salarial. O reajuste nos pisos vai de 9,40% — no caso de 1/2 oficial, vigia, auxiliar de portaria e guariteiro — até 15,28% para os operadores de máquinas pesadas. Os profissionais de grupo 1 e 2 vão ter reajuste de 10%, quase o dobro da inflação (5,3%). Nos salários acima do piso de cada função, o aumento será de 9%.

Mesmo diante da intransigência dos patrões, os trabalhadores da construção civil também alcançaram vitória no aumento do tíquete-refeição, que passa a ser de 23 reais por dia (reajuste de 15%). O prêmio assiduidade — fome zero–, será de 200 reais/mês a partir de setembro (reajuste de 29%), até lá o valor é de 180 reais. Já o seguro de vida foi para R$ 26 mil com o aumento de 13%. Mais uma vez, os operários mostram sua força diante dos empresários.

Dos trabalhadores da construção civil do Rio, 90% terão reajuste no salário que chega a ser quase o dobro da inflação.

E isso porque, após esta campanha salarial de 2014, o aumento nos pisos das funções dos grupos 1 e 2, que concentram a maior parte da categoria, atingiu os dois dígitos, fechando em 10%. Enquanto isso, o índice do INPC de fevereiro, que mede a inflação na data base da categoria, ficou acumulado em 5,3%.

Nessas faixas de funções com o aumento de 10% entram montador, gesseiro, carpinteiro, armador e operador de máquina manipuladoras e de plataforma, entre outras.

Inclusive salários que estão acima do piso de cada função têm ganho real, pois recebem reajuste de 9%. Ou seja: 3,7% maior que a inflação.

“Sabemos que foi uma negociação difícil. Mas a partir da mobilização da categoria nos próprios canteiros, conseguimos garantir aumentos significativos nos vencimentos dos trabalhadores”, destaca o presidente do Sintraconst-Rio, Carlos Antonio.

E além dos ganhos salariais, a categoria ainda conquistou aumento de 15% no tíquete-refeição. O fornecimento de almoço em hot-box passa a ser obrigatório em canteiros com mais de 35 trabalhadores — antes era com mais de 45. O objetivo é acabar com as quentinhas.

Fonte: Assessoria de Impresa Sintraconst-Rio

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

Compartilhar