Centrais se reúnem com superintendente do MTE no Rio em defesa do trabalhador

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5 de março de 2015

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Dal Prá, presidente da Força RJ, manifesta sua preocupação com as demissões em massa no estado ao superintende do MTE no Rio, Antônio Albuquerque

Dia 2 de março foi marcado por protestos em todo o país pela manutenção dos direitos dos trabalhadores. Os atos aconteceram em frente às Superintendências Regionais e pólos do Ministério do Trabalho e Emprego nos municípios. No Rio de Janeiro, a Força RJ e demais centrais reuniram-se por mais de 3 horas com o superintendente Regional Antônio Henrique de Albuquerque, para repudiar as Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desemprego e abono salarial, entre outros direitos trabalhistas, e cobrar melhores serviços de atendimento ao trabalhador no estado.

Participaram do encontro o presidente da Força RJ, Francisco Dal Prá, e os vice-presidentes Eusébio Neto (frentistas), Isaac Wallace (químicos) e Marco Antônio Lagos, o Marquinho da Força (metalúrgicos). Uma das medidas adotadas foi estabelecer um calendário de reuniões mensais entre as centrais sindicais e o superintendente do MTE no Rio, na última segunda-feira de cada mês, para discutir presencialmente os principais problemas do mundo do trabalho no estado. A próxima reunião já foi agendada para o próximo dia 30.

A ata da reunião do último dia 2 será transformada em documento, assinado pelas centrais, e o superintendente Antônio Albuquerque se comprometeu a levar as reivindicações dos dirigentes sindicais ao ministro Manoel Dias. “Vimos manifestar aqui nossa discordância quanto a essa cachorrada da presidente Dilma, que atinge em cheio o trabalhador e sua família. E, se nada acontecer, vamos ocupar o Congresso e brigar em Brasília por direitos que são nossos. O seguro desemprego, pensão por morte, seguro-defeso e tantos mais. A Federação das Indústrias, Firjan, podia ajudar e muito nesse momento tão difícil, onde demissões em massa ameaçam as economias dos municípios, e deve ser convidada a somar nesse processo. Mas temos, também, outros problemas sérios aqui no Rio, como a emissão da carteira de trabalho e a demora na liberação do seguro desemprego, que são de sua competência, superintendente, e para isso, podemos sair daqui com soluções práticas”, desabafou Francisco Dal Prá, presidente da Força RJ.

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Antônio Albuquerque reconheceu que há problemas em pólos de atendimento estaduais e municipais, em função de paralisações e adaptação ao novo sistema operacional por agendamento eletrônico, mas informou que a SRTE-RJ vem atendendo todos os trabalhadores que procuram sua sede no Centro do Rio. “Pedi autorização ao ministro Manoel Dias e, se o trabalhador precisa da carteira de trabalho e não consegue o documento digital, sai daqui com a carteira manual, mas não deixa de ser atendido”, garantiu ele, que disse, ainda, que o sistema manual só será abolido no Rio quando o digital estiver operando a 100%.

Antônio Albuquerque anunciou que os pólos do SINE e Poupa Tempo devem começar a operar com agendamento eletrônico ainda em março e que as senhas manuais que limitam o atendimento vão acabar. Mas reconheceu que precisa haver maior divulgação de todos os pólos de atendimento do sistema, para que o trabalhador saiba que tem opções mais perto de sua casa ou local de trabalho. Dal Prá, então, sugeriu uma reunião das centrais com o governador e gestores estadual e municipal, com intermediação da SRTE-RJ, para discutir os problemas e acordar soluções, o que será agendado pela Superintendência. Um mutirão conjunto das unidades federal, estaduais e municipais também está previsto para março, para acabar com as filas de espera, informou Albuquerque.

O superintendente sugeriu que os Sindicatos solicitem a unidade móvel da SRTE-RJ para a emissão de documentos e outros serviços com até dois dias de antecedência, para atendimento ao trabalhador em sua localidade, o que foi aceito pelas centrais. Mas a proposta de enfrentar o atraso de salários e as demissões no Comperj e outras empresas com a suspensão do contrato de trabalho sem demissão foi recusada pela Força RJ e demais centrais. “Quem nos garante que esse trabalhador será readmitido? Isso é conversa pra boi dormir. Queremos produção e trabalho. É disso que o Brasil precisa”, opinou Dal Prá.

Centrais na SRTE2

As reuniões na SRTE-RJ com as centrais agora serão mensais

Fonte: Rose Maria da Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ
Fotos: Rose Maria

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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