Atos na Cinelândia marcam greve geral e o 1º de maio

Voltar

2 de maio de 2017

cinelandia 9

A Força RJ, demais centrais sindicais e movimentos sociais promoveram ato unitário na Cinelândia, Centro do Rio, que marcou o dia 28 de abril, dia da greve geral. Trabalhadores, dirigentes sindicais e militantes de movimentos sociais e associações se concentraram em frente à Câmara de Vereadores, à tarde, para protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso Nacional.

Como o ato foi violentamente interrompido pela ação desproporcional da Polícia Militar – PMs jogaram bombas contra o palco na hora que deputados estaduais discursavam, em ação mais uma vez unitária, o Dia do Trabalhador – 1º de maio, foi marcado pela continuidade do ato de 28 de abril, desta vez em clima de paz.

Diversas categorias participaram do ato de protesto na Cinelândia dia 28 de abril. Metalúrgicos, químicos, borracheiros, frentistas, aposentados, empregados em edifícios, propagandistas, marceneiros, agentes de saúde, trabalhadores em indústrias de perfumaria do Rio, trabalhadores em saneamento, entre outros. O Sindicato da Saúde do Município do Rio levou sua banda para animar a manifestação e cartazes com fotos dos deputados federais do Rio de Janeiro que votaram a favor da reforma trabalhista foram expostos na Praça Floriano.

Greve Alerj

Professores e outras categorias se concentraram primeiramente em frente à Assembleia Legislativa (Alerj), para depois seguir em passeata pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia. Mas confronto entre um pequeno grupo de manifestantes e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) fez o protesto ser interrompido, com bombas de gás lacrimogêneo, gás de pimenta e balas de borracha. Mesmo assim, os trabalhadores e sindicalistas se uniram a milhares de outros manifestantes, na Cinelândia.

Não demorou muito tempo para o conflito também se espalhar em torno das ruas da Cinelândia e na própria Praça Floriano, a partir de, mais uma vez, confronto entre um grupo de mascarados, vestidos de preto, e o Bope, desta vez próximo à escadaria do Theatro Municipal. O que se seguiu foram atos de violência e dezenas de prisões, com ônibus incendiados, depredação de bancos e do patrimônio público e perseguição a manifestantes com balas de borracha e bombas de efeito moral e químico. A Força RJ repudiou os atos de violência. Veja nota de repúdio aqui. 

1 de maio 2017.4

Em resposta à violência policial, novo ato foi convocado para 1º de maio, Dia do Trabalhador, em continuidade ao protesto de 28 de abril, mais uma vez na Cinelândia, desta vez com apoio também de artistas e maior número de parlamentares. Não houve registro de incidentes.

Marquinho da Força

Marquinho da Força

Dirigentes das centrais sindicais e sindicatos fizeram uso da palavra (o que não aconteceu dia 28) e destacaram a importância da unidade para combater as reformas em curso. O vice-presidente da Força RJ, Marco Antônio Lagos, o Marquinho da Força, parabenizou todos os trabalhadores pelo seu dia e propôs que o movimento sindical organize grande manifestação em Brasília para barrar o desmonte da CLT e da Previdência Social.

Eusébio Pinto Neto

Eusébio Pinto Neto

Já o 1º vice-presidente da Força RJ, Eusébio Pinto Neto, também presidente da Federação Nacional dos Empregados em Postos de Combustíveis, disse que o 1º de maio se transformou em dia de luta pela liberdade e pelos direitos. “Estamos aqui em protesto contra a repressão da Polícia Militar, que atacou violentamente trabalhadores no último dia 28, mas também contra prisões irregulares de lideranças de movimentos populares e pelos direitos sociais. Nossa luta é pela democracia”, afirmou Eusébio.

 

Veja mais fotos de 28 de abril e 1º de maio.

Leia artigo do presidente da Força RJ, Carlos Fidalgo, em homenagem ao 1º de maio.

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação Força RJ

 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

FacebookTwitterGoogle+Compartilhar