Ato público em defesa do IBGE dia 17

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16 de julho de 2014

Sem Título-1O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (ASSIBGE-SN) promove ato público dia 17 de julho, de 9h às 14h, em frente à sede do IBGE (Av. Franklin Roosevelt, nº 166, Centro) pela reversão das demissões dos grevistas e pela abertura imediata de negociações com o governo federal.

Em greve há 50 dias, os trabalhadores do IBGE explicam que o movimento é um ato em defesa da instituição. “Em que pese a pertinência do movimento e do tema – dados os problemas estruturais que levaram o IBGE a uma grave crise institucional – não conseguimos até agora efetivar uma negociação com o governo federal”, diz a carta convite da ASSIBGE, endereçada às centrais sindicais.

O Sindicato Nacional informou que são 5.760 trabalhadores do quadro efetivo, dos quais cerca de 4 mil (68%) estão prestes a se aposentar (com mais de 26 anos de serviço). Segundo a ASSIBGE, a “saída” adotada pela direção do Instituto para suprir o esvaziamento do quadro técnico vem sendo a massificação do trabalho precário, que em algumas unidades do IBGE chega a 70% do quadro. Hoje, há cerca de 4.800 trabalhadores contratados (Agentes de Pesquisa e Mapeamento – APMs). O último processo seletivo simplificado (PSS) amplia o número de vagas nesta modalidade para 7.825. É a ampliação da terceirização.

“Trata-se de trabalhadores que ganham pouco mais de um salário mínimo, nem celetistas nem estatutários, sem FGTS, seguro-desemprego, praticamente nenhum direito essencial. São submetidos a avaliações de desempenho mensais, para renovação ou não dos contratos. Podem ficar até 3 anos no IBGE, mas, na prática, estão submetidos a pressões constantes por produtividade e por desempenhar múltiplas funções (tratamento dos dados, supervisão da coleta, direção de veículos, responsabilidades materiais diversas, etc.), não previstas em seu edital de contratação, podendo ter seus contratos rompidos a qualquer momento, de acordo com a vontade das chefias”, salienta a ASSIBGE.

À medida que os APMs tornam-se numericamente muito expressivos, é natural que se organizem coletivamente em torno de suas carências, buscando melhores condições de trabalho e de salários. Mas o Sindicato Nacional denuncia que a Direção do IBGE afronta um dos poucos direitos que estão garantidos por Lei a estes trabalhadores: o de reivindicar.

“Aproveitando-se da precariedade dos contratos, a Direção do IBGE tenta burlar a lei de greve demitindo os trabalhadores que, na condição de temporários, entraram em greve. Sob o argumento de que somente não está renovando os contratos daqueles que apresentam “baixa produtividade e assiduidade”, o IBGE já promoveu a rescisão de quase 200 trabalhadores, justamente os que se enquadram na condição de grevistas. Afinal, como ter assiduidade e produtividade em greve? A tentativa é de impor uma condição de semiescravidão: aqui só trabalha quem se cala”, diz a ASSIBGE.

O mote do ato público marcado para 17 de julho é “SOS IBGE: pela reversão das demissões dos grevistas e pela abertura imediata de negociações com o governo”. A ASSIBGE convida todas as categorias a somar na luta pela reorganização e fortalecimento do IBGE.

Fonte: Rose Maria da Assessoria de Imprensa Força Sindical RJ
com  ASSIBGE-SN

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

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