21 de junho de 2016

Esta semana, mais uma vez, ficou registrada a prática autoritária e desrespeitosa da siderúrgica Votorantim com os seus trabalhadores. Isso ficou evidente durante a ausência da sua representação na audiência pública sobre a imposição do uso do bafômetro, realizada em 20 de junho na Câmara dos Vereadores de Barra Mansa, a pedido do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense. A intenção do Sindicato foi discutir a medida que vem sendo imposta periodicamente aos funcionários dentro das duas instalações da siderúrgica na região.

A siderúrgica Votorantim, que foi convidada a participar antecipadamente, perdeu a oportunidade de esclarecer aos seus trabalhadores, à sociedade e à autoridade sindical o uso de tal medida, que vem causando constrangimento aos metalúrgicos.

A abertura do evento contou com uma explanação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores, que explicou a importância do combate a esse tipo de atitude, que, segundo Sílvio Campos, tem que ser rechaçada imediatamente para que sirva de exemplo a todas as empresas da base.

“Precisamos acabar com isso. O metalúrgico não pode ser submetido a essa medida abusiva e vexatória, que vem humilhando e invadindo a privacidade de seu convívio familiar e pessoal. Não interessa à empresa o que o trabalhador faz em sua hora vaga. E o Sindicato defende que, ao invés de constranger o trabalhador, a empresa disponibilize programas de tratamento e recuperação do empregado que apresentar problemas com uso excessivo de bebidas e até de cigarro, se for o caso”, ressaltou Sílvio Campos.

Estiveram presentes vereadores da região e o deputado estadual Paulo Ramos, presidente da Comissão de Trabalho da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que criticou a ausência da siderúrgica, caracterizando-a como “covarde”, já que se furtou à oportunidade de apresentar publicamente suas razões ao adotar o uso do bafômetro em suas dependências. “A falta de representação da Votorantim deixou claro a falta de compromisso social com seus empregados e com a população da região. Infelizmente, ela perdeu a oportunidade de esclarecer publicamente se houve a intenção, embora mal elaborada, de cuidar da saúde de seus funcionários e preservá-los do risco de acidente de trabalho”.

Foram citados alguns casos de empresas que, com a preocupação de prevenir doenças e acidentes entre os trabalhadores, adotaram programas de recuperação e tratamento de dependência química, que têm tido um resultado positivo na base metalúrgica na região.

O Sindicato vai participar na quinta feira (23) de mesa redonda na Gerência Regional do Trabalho de Volta Redonda para tentar barrar essa medida junto ao Ministério do Trabalho. Além disso, será marcada nova audiência pública, que vai acontecer na Câmara de Vereadores de Resende. 

 Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa, com Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense   

                                                                      Foto: Divulgação 

Marcelo Peres

Secretário de Imprensa e Comunicação Força RJ

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