Posto de combustível paga R$ 18 mil de indenização por ignorar gravidez de funcionária

Voltar

17 de março de 2016

Estabilidade gravidezO Auto Posto Automotivo Central do Brasil vai pagar R$ 18 mil de indenização a ex-funcionária Geslane Rodrigues Camargo, que descobriu estar grávida dias após ser demitida. Geslane Camargo, que trabalhou no posto entre junho e outubro de 2015 como auxiliar administrativa, sentiu-se mal, logo após receber as verbas rescisórias. Ao buscar atendimento no hospital, ela descobriu estar grávida e procurou a empresa para informar sobre seu estado de saúde, solicitando que o posto reconsiderasse a demissão. O pedido foi ignorado. Abalada com a falta de respeito e a arbitrariedade da empresa, Geslane procurou o departamento jurídico do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ) para reivindicar os seus direitos.

Em apenas quatro meses o processo foi concluído. O posto foi obrigado a pagar indenização à ex-funcionária, incluindo verbas rescisórias do período da gravidez, da licença-maternidade e por dano moral. O acordo foi celebrado na 55ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, no Centro.

O presidente do Sinpospetro-RJ, Eusébio Pinto Neto, considerou inadmissível que as mulheres ainda sofram esse tipo de assédio moral. Ele disse que o sindicato luta para acabar com essa visão machista e arcaica do empresariado. “A mulher, trabalhadora de posto, já sofre com a exposição ao benzeno durante a gravidez, e ainda é perseguida por patrões que se acham acima da lei, passando por cima dos direitos conquistados com muita luta. Nosso Sindicato nunca vai se calar diante de tal atrocidade. A trabalhadora precisa denunciar todo e qualquer tipo de assédio, seja moral ou sexual. A nossa luta é pela justiça e o respeito”.

Gestação de risco

No Senado Federal tramita, desde 2012, o Projeto de Lei 237, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho e a Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, e dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social para licença especial à gestante em situação de risco. O projeto, de autoria da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), prevê o pagamento integral do salário a trabalhadora grávida que precisar se afastar temporariamente da função.

  

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sinpospetro-RJ

                                         Foto: Divulgação

 

Marcelo Peres
Secretaria de Imprensa e Comunicação
Força Sindical do Estado do RJ

FacebookTwitterGoogle+Compartilhar